Anna Ruth Dantas - Repórter
Júnior Santos Rosalba Ciarlini - Senadora e governadora eleita do Rio Grande do Norte
Na sala do apartamento localizado na praia de Areia Preta, em Natal, a governadora eleita Rosalba Ciarlini sorri, a recepção é semelhante a que ela mesma fazia quando era apenas senadora da República. O cumprimento é de “governadora” e ela logo afirma: “ainda não me acostumei”, sorri novamente em seguida. A governadora eleita Rosalba Ciarlini, depois de dez dias na Alemanha, onde visitou o neto, está de volta a Natal. Ainda cumpre uma agenda menos intensa, mas com compromissos semelhantes a de candidata, isto é, visitando as comunidades e participando de eventos. O trabalho agora é voltado para a campanha de José Serra à Presidência da República. Ela condiciona o início dos entendimentos sobre a equipe de transição e secretariado ao final da campanha política. “Passada a eleição, agora 31 de outubro, claro que a gente vai cuidar de organizar a equipe de transição. Depois é que vamos tomar qualquer outro tipo de decisão, avaliação”, afirma a governadora. Rosalba destaca que vem acompanhando as matérias na imprensa abordando as dificuldades financeiras do governo e afirma: “desde o início sabia que meu trabalho seria de reconstrução”. A seguir a entrevista que a governadora eleita Rosalba Ciarlini concedeu à TRIBUNA DO NORTE.
Veja alguns trechos da entrevista:
A senhora se engaja agora na campanha de José Serra depois de um apoio tímido no primeiro turno. Por quê?
Na realidade o que aconteceu no primeiro turno foi que tínhamos candidatura de Governo, de deputados federais, estaduais, senadores. Tudo isso fez a gente nos deter muito no debate sobre questões do Estado. Entendíamos que era o momento de discutir problemas, questões e soluções, as propostas para nosso Estado. No nosso palanque tínhamos várias tendências, de vários candidatos. Já no segundo turno a coisa está mais definida. Desde o início, isso não é segredo para ninguém, meu apoio foi a Serra porque é o candidato que considero mais preparado, melhores condições de dar continuidade a tudo de bom que vem acontecendo no Brasil e mostrar que nós podemos mais.
Como será a atuação da senhora na campanha de Serra no segundo turno?
Já conversamos com o senador José Agripino Maia. Faremos uma agenda de reuniões que acontecerão em diversas regiões do Estado. Vamos convocar as pessoas para fazerem a reflexão, análise, comparação e se engajarem na campanha de Serra.
A senhora apoia o candidato do PSDB, mas seu vice-governador eleito, deputado Robinson Faria (PMN), declarou apoio a Dilma Rousseff. Algum atrito?
De forma nenhuma. Nós somos amplamente defensores da democracia e liberdade. Ele pertence a um partido que tem uma orientação, meu partido tem uma orientação. Isso é muito natural. Encaro com muita naturalidade, embora não tenha tido oportunidade ainda, depois que cheguei (da Alemanha), de conversar com ele. O deputado Robinson viajou, eu estava chegando e ele viajando. Vamos conversar quando ele voltar.
Independente do resultado da eleição, de alguma forma o governo do Rio Grande do Norte estará aliado do Governo Federal, já que a senhora está com Serra e Robinson Faria com Dilma?
Vejo por outro ângulo. Quem ganhar a eleição não vai ser presidente de um partido, será presidente do Brasil. E nós, governadores, fomos escolhidos pelos nossos conterrâneos, com certeza não foi um partido que me elegeu, foi o povo que me elegeu. É isso que espero, que exista essa maturidade da democracia entre os governantes para entender que não podemos discriminar por questões partidárias nenhuma ação administrativa que venha em benefício do povo.
Na realidade o que aconteceu no primeiro turno foi que tínhamos candidatura de Governo, de deputados federais, estaduais, senadores. Tudo isso fez a gente nos deter muito no debate sobre questões do Estado. Entendíamos que era o momento de discutir problemas, questões e soluções, as propostas para nosso Estado. No nosso palanque tínhamos várias tendências, de vários candidatos. Já no segundo turno a coisa está mais definida. Desde o início, isso não é segredo para ninguém, meu apoio foi a Serra porque é o candidato que considero mais preparado, melhores condições de dar continuidade a tudo de bom que vem acontecendo no Brasil e mostrar que nós podemos mais.
Como será a atuação da senhora na campanha de Serra no segundo turno?
Já conversamos com o senador José Agripino Maia. Faremos uma agenda de reuniões que acontecerão em diversas regiões do Estado. Vamos convocar as pessoas para fazerem a reflexão, análise, comparação e se engajarem na campanha de Serra.
A senhora apoia o candidato do PSDB, mas seu vice-governador eleito, deputado Robinson Faria (PMN), declarou apoio a Dilma Rousseff. Algum atrito?
De forma nenhuma. Nós somos amplamente defensores da democracia e liberdade. Ele pertence a um partido que tem uma orientação, meu partido tem uma orientação. Isso é muito natural. Encaro com muita naturalidade, embora não tenha tido oportunidade ainda, depois que cheguei (da Alemanha), de conversar com ele. O deputado Robinson viajou, eu estava chegando e ele viajando. Vamos conversar quando ele voltar.
Independente do resultado da eleição, de alguma forma o governo do Rio Grande do Norte estará aliado do Governo Federal, já que a senhora está com Serra e Robinson Faria com Dilma?
Vejo por outro ângulo. Quem ganhar a eleição não vai ser presidente de um partido, será presidente do Brasil. E nós, governadores, fomos escolhidos pelos nossos conterrâneos, com certeza não foi um partido que me elegeu, foi o povo que me elegeu. É isso que espero, que exista essa maturidade da democracia entre os governantes para entender que não podemos discriminar por questões partidárias nenhuma ação administrativa que venha em benefício do povo.
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