segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Enem: OAB-RN recomenda que estudantes procurem o Ministério Público

Seguindo a linha das orientações feitas ontem pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, o presidente da OAB no Rio Grande do Norte, Paulo Eduardo Teixeira, também recomendou que os candidatos que se sentiram prejudicados com irregularidades detectadas durante a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) procurem o Ministério Público Federal para relatar os problemas.

Em entrevista ao Portal Nominuto.com na manhã desta segunda-feira (8), Teixeira descartou a possibilidade de a OAB do RN entrar com representação local contra o Ministério da Educação, órgão responsável pela organização do Exame. “Como as irregularidades foram detectadas em todo o país, é mais plausível que aqueles que se sentirem prejudicados procurem o MPF para reportar as queixas, ao invés de um órgão de abrangência local”, disse.

Segundo ele, o objetivo da medida é reunir o maior número de estudantes em uma única ação pública, de modo a dar maior visibilidade às reclamações. “Por meio desta centralização, será mais fácil garantir o direito dos inscritos no Enem; essa unificação de esforços é necessária também para agilizar as resoluções da Justiça, que devem ser mais rápidas do que seriam as de possíveis ações isoladas”, comentou.

Teixeira aproveitou ainda para lamentar o incidente, ao qual atribuiu à falta de organização dos responsáveis. “Lamentamos a ocorrência de mais este incidente, que desta vez não  aconteceu em decorrência de fraudes, mas devido à falta de organização. Infelizmente isso só contribui para que o certame perca credibilidade e para que os estudantes se sintam instabilizados”, criticou.

Provas


Durante a aplicação do Enem neste domingo (7), a folha em que os estudantes marcam as respostas das questões estava com o cabeçalho das duas provas trocado. O exame tinha 90 questões, sendo a primeira metade de ciências humanas e o restante de ciências da natureza. Mas, na folha de marcação, as questões de 1 a 45 eram identificadas como de ciências da natureza e as de 46 a 90, como de ciências humanas.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o erro foi detectado logo que as provas começaram e todos os fiscais das 128 mil salas de prova teriam sido avisados para orientar os estudantes que seguissem a ordem numérica das questões. O Inep garantiu que nenhum estudante será prejudicado, caso tenha sido mal orientado.

O órgão vai disponibilizar nesta semana um site na internet para que os candidatos abram um requerimento e peçam a correção invertida da folha de marcação. O Inep também não descarta a possibilidade de reaplicar os exames àqueles candidatos que forem avaliados como prejudicados A página começa a funcionar na próxima quarta-feira (10) e deve permanecer no ar até o dia 16 de novembro.

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