quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Cinco municípios do Rio Grande do Norte sofrem com abalos sísmicos

Com um histórico de pequenos e grandes tremores de terra, o Rio Grande do Norte se apresenta como um local propício a novas ocorrências de abalos sísmicos, mas alguns desses não são perceptíveis à população. Segundo o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), apesar de não ser possível prever a data e os locais exatos, a área com maior probabilidade de ocorrências está compreendido no limite da borda da Bacia Potiguar, região que abrange os municípios de João Câmara, Assú, Pedra Grande, Tabuleiro Grande e Poço Branco. Na última segunda-feira, 14 de janeiro, por volta das 16h, um tremor de magnitude 2,5 graus na escala Richter atingiu a região do Mato Grande, tendo como local do epicentro o Assentamento Nova Jerusalém, no município de Taipu, localizado há 47 quilômetros de Natal.

De acordo com o coordenador do Laboratório Sismológico da UFRN, Joaquim Mendes Ferreira, os dados adquíridos atravésdos nove equipamentos espalhados pelo estado, oferecem apenas uma parecer preliminar. Ele explica que após a coleta dos dados, as informações são transmitidas e encaminhadas para os Estados Unidos, onde retornam em forma de dados diretos para o laboratório, onde são analisados. "Não existe uma periodicidade dos tremores ocorrerem, mais alguns pequenos abalos que não ultrapassam a magnitude de 1,5 na escala Richter, tornam-se imperceptíveis a população", destacou o coordenador.

Por não ser possível prever novas incidências, Joaquim sugere que orientar a população e realizar serviços de engenharia são medidas viáveis que podem ser tomadas pelos municípios para evitar maiores danos. Um dos problemas enfrentados estão relacionados a queda de telhas das residências. Essa situação pode ser evitada, através da adequação da estrutura física das casas com uso de uma terceira viga de sustentação para o telhado ou uma viga complementar, porém é necessário que ocorra a orientação por parte das prefeituras.

Além disso, ocoordenador do Laboratório Sismológico da UFRN destacou a falta de comunicação existente entre o serviço sismólogico e a Defesa Civil. "Nos outros estados, percebemos que quando ocorrem a existência de tremores, a atuação das entidades responsáveis, como a Defesa Civil, ocorrem de forma integrada e imediata, porém aqui no RN isso não ocorre". Os tremores mais graves já registrados no estado, ocorreram em 1986, na cidade João Câmara com magnitude de 5,1, e em 1989, em Pureza, com tremores de 5 graus.

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