quarta-feira, 23 de março de 2011

Os Maiores Acidentes Nucleares da História

Os maiores acidentes nucleares da história, entre eles o de Chernobyl, estão descritos abaixo. No Brasil, também já ocorreu um acidente radioativo no ano de 1987. Confira.

O mundo acompanha com preocupação os esforços do governo japonês para conter a liberação de radiação ocorrida na central nuclear da cidade de Fukushima, após as usinas nucleares daquela cidade terem sofrido explosões devido ao terremoto que abalou a cidade em 11 de março de 2011. Atualmente, no mundo, existem mais de 400 usinas nucleares em operação, a maioria delas nos Estados Unidos, França, Inglaterra e países do Leste europeu.
A Agência Internacional de Energia Atômica divulgou uma lista com os piores desastres nucleares já ocorridos no mundo. Confira.
Chernobyl, 1986 – o acidente ocorreu em 26 de abril de 1986. Ainda hoje é considerado o pior acidente nuclear da história, tendo recebido a classificação 7, nível máximo na escala da Agência Internacional de Energia Atômica. A radiação que vazou do reator número 4 da usina de Chernobyl foi 200 vezes maior do que a das bombas de Hiroshima e Nagasaki juntas. Cerca de 200.000 km² de terra foram contaminados. A estimativa é de que cerca de 4 mil pessoas devem ter morrido de câncer na Bielo-Rússia, Ucrânia e Rússia.
Three Mile Island, 1979 - O maior acidente nuclear da história dos Estados Unidos ocorreu no dia 29 de setembro e atingiu o nível 5 na Escala Internacional de Eventos Nucleares da usina de Three Mile Island, perto de Harrisburg, capital da Pensilvânia. Após a quebra da bomba de água de um reator, problemas mecânicos e falha humana levaram ao superaquecimento do combustível nuclear. Para evitar uma explosão, os técnicos tiveram que liberar vapor e gases. Hoje, o reator está desativado e as duas torres de resfriamento inutilizadas.
Fukushima, 2011 - O acidente em uma central nuclear na cidade de Fukushima, no Japão, após o forte terremoto que atingiu o país no dia 11 de março, foi classificado como de nível 4 na escala que vai de 0 a 7. Esta foi a primeira vez que o Japão confrontou uma ameaça significativa de radiação desde os ataques com bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, em 1945, que resultaram em mais de 200 mil mortes.
Kyshtym, 1957 - No dia 29 de setembro, uma falha no sistema de refrigeração do compartimento de armazenamento de resíduos nucleares causou uma explosão em um tanque com 80 toneladas de material radioativo. As partículas liberadas contaminaram a região de Mayak e cidades próximas num raio de 800km. Como a cidade de Ozyorsk, sede da tragédia, não integrava oficialmente o mapa soviético, o acidente nuclear ficou conhecido como "O Desastre de Kyshtym", em referência à cidade vizinha. O número de mortos com câncer pode ter chegado a 200 em decorrência da exposição à radiação.
Windscale, 1957 - A corrida armamentista nuclear, após a Segunda Guerra Mundial, fez com que a Inglaterra resolvesse construir uma bomba atômica o mais rápido possível, na cidade de Windscale. Uma provável negligência com a segurança fez com que, em 10 de outubro, ocorresse um incêndio no núcleo do reator britânico, que levou ao vazamento de material radioativo para a atmosfera das regiões vizinhas. Para não manchar a imagem do seu programa nuclear, o governo inglês tentou esconder o acidente. Mais de duas centenas de pessoas teriam contraído câncer devido à exposição da radiação.
Tokaimura, 1999 - A cidade é sede da indústria nuclear japonesa há mais de 60 anos. Em 30 de setembro, funcionários de uma fábrica de reprocessamento de urânio usaram quantidades excessivas do elemento metálico radioativo em um reator desativado há mais de um ano. Mais de 600 pessoas foram expostas à alta radiação. O acidente é considerado um dos piores envolvendo usinas de energia atômica no Japão.
Bohunice, 1977 - Acidente de grau 4, na usina de Bohunice, na Tchecoslováquia, então parte da União Soviética. No dia 22 de fevereiro, após uma mudança de combustível nuclear, alguns absorventes de umidade que cobrem as barras de combustível não foram removidos corretamente. Com isso, a ação do gás refrigerante que atua na manutenção da temperatura do reator foi afetada e o combustível sofreu um superaquecimento, que levou à corrosão do reator, provocando a liberação de gases radioativos. Não informações precisas sobre feridos ou mortos porque, na ocasião, o acidente teria sido encoberto pelo governo.
Goiânia, 1987 - O acidente com o Césio-137, ocorrido em 13 de setembro, foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares. Uma cápsula contendo o césio foi encontrada nos escombros do Instituto Goiano de Radioterapia e vendida a um ferro-velho. O brilho azul emitido pelo césio atraiu a atenção de moradores da região que o passaram de mão em mão. Mais de 800 pessoas foram contaminadas e pelo menos outras 200 morreram devido aos efeitos da radiação.
Submarino K-19, 1961 – O K-19 foi o primeiro submarino soviético a carregar mísseis balísticos. Quando fazia exercício no Atlântico Norte no dia 4 de julho de 1961, uma falha no sistema de refrigeração aumentou a temperatura do reator a ponto de ameaçar o derretimento do seu núcleo. Uma explosão nuclear foi evitada porque, para reparar o problema, todos os 139 tripulantes, além do capitão, permaneceram a bordo, expostos à radiação que vazava do compartimento do reator.
Yucca Flat, 1970 - Yucca Flat é uma das regiões de testes nucleares do estado americano de Nevada. No dia 18 de dezembro de 1970, um exercício de detonação de dispositivo de alta potência no subterrâneo da região provocou rachaduras no solo e detritos radioativos escaparam para a atmosfera. Oitenta e seis trabalhadores no local foram expostos a radiação.

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