quarta-feira, 30 de março de 2011

Prefeitura de Macau leva calote do governo Iberê

Prefeito Flávio Veras fazendo pronunciamento na Câmara Municipal de Macau.

O prefeito Flávio Veras ocupou o plenário da Câmara Municipal de Macau para fazer seu pronunciamento anual e falar sobre um planejamento de realizações que ele pretende fazer com o dinheiro público. Com a Câmara lotada de gente, o prefeito reclamou de um calote no valor de R$ 3 milhões que levou do governador Iberê Ferreira, seu aliado político nas últimas eleições.

De acordo com o prefeito Flávio Veras, a Prefeitura de Macau fez licitações para a aquisição de três ambulâncias e o recapeamento com asfalto de algumas ruas. O Governo Iberê não pagou os convênios e a atual governadora cancelou todos os convênios feitos pelo governo anterior. “Quando se fala em obras e com o dinheiro vindo do Ministério das Cidades ou do Governo do Estado, os construtores não querem”, ressaltou.

Planejamentos ou a falta de ações?
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Dentre as diversas ações que o prefeito Flávio Veras disse que vai realizar com o dinheiro público, ele não disse nada sobre a construção da Rodoviária da cidade, que há anos foi transferida para alguns bangalôs de turistas na entrada da cidade e até hoje o município não tem um Terminal Rodoviário de qualidade.
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Na Educação, o prefeito falou que vai pagar o Piso Nacional aos professores municipais que é de R$ 1185,00. Porém, esqueceu de falar sobre o Plano de Cargos e Carreiras, uma reivindicação antiga da classe, nem muito menos mencionou o concurso público para preencher vagas de mais de 200 professores em diversas áreas.

Na saúde, o prefeito prometeu climatizar as Unidades de Saúdes e garantiu que todas as roupas do Hospital Antonio Ferraz serão trocadas por novas. Flávio Veras também alertou que o município cuida de 25 pessoas com tuberculose, 25 com Aids e 18 fazendo tratamento de câncer. As famílias dos pacientes vão receber a quantia de R$ 80,00 por mês. No final, o prefeito afirmou que pretende gastar mais de R$ 2,5 milhões com a saúde municipal.

Mesmo as pessoas presentes esperando uma prestação de contas do que já foi feito, principalmente as contas referentes ao “carnaval de Macau”, faltou o prefeito falar sobre a geração de emprego e renda. Como Macau está numa área de potencialidades econômicas (gás, petróleo, sal), o prefeito também não falou em novos incentivos para um “pólo industrial” para o município.

Apesar de Macau ser o 21º maior produtor de pescado do Rio Grande do Norte, a pesca artesanal foi outro segmento da sociedade esquecido pelo pronunciamento do prefeito Flávio Veras na noite de ontem. “O pescador humilde precisa do apoio do Poder Público e a Prefeitura de Macau não pode se omitir”, disse o engenheiro Haroldo Martins, presente à sessão plenária.

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