segunda-feira, 6 de junho de 2011

MOMENTO SAÚDE - Pessoas felizes têm melhor saúde e vivem mais

Uma revisão de mais de 160 estudos com seres humanos e animais encontrou "provas claras e convincentes" que pessoas felizes tendem a viver mais e ter melhor saúde do que seus pares infelizes.
Segundo o autor do estudo, professor emérito de psicologia Ed Diener, que também é cientista sênior da Organização Gallup, da Universidade de Princeton, NJ, foram revisados oito diferentes tipos de estudos e a conclusão geral de cada tipo de estudo é que a saúde e a longevidade são influenciadas por nosso estado de humor. Um estudo que acompanhou cerca de 5.000 estudantes universitários por mais de 40 anos, por exemplo, descobriu que aqueles que foram mais pessimistas quando estudantes tendiam a morrer mais jovem do que seus pares. Um estudo de prazo mais longo acompanhou 180 freiras católicas do início da idade adulta até a velhice e descobriu que aquelas que escreveram autobiografias positivas aos 20 anos de idade tendem a viver mais do que aquelas que escreveram relatos mais negativos de sua juventude.
Houve algumas exceções, mas a maioria dos estudos de longo prazo que os pesquisadores revisaram constatou que a ansiedade, depressão, falta de prazer nas atividades diárias e pessimismo estavam todos associados com taxas mais elevadas de doença e uma vida mais curta.
Estudos com animais também demonstram uma forte ligação entre estresse e saúde deficiente. Experimentos com animais que recebem o mesmo cuidado, mas diferem em seus níveis de estresse (como resultado de superpopulação nas gaiolas, por exemplo) concluíram que animais estressados são mais suscetíveis à doença cardíaca, têm sistema imunológico mais fraco e tendem a morrer mais jovens do que aqueles que vivem em gaiolas menos lotadas.
Experimentos com humanos descobriram que o bom humor reduz os hormônios relacionados ao estresse, aumenta a função imunológica e promove a rápida recuperação do coração após o esforço. Em outros estudos, conflitos conjugais e hostilidade elevada entre casais foram associados com cicatrização lenta e pior resposta imune.
Embora a felicidade não possa por si só prevenir ou curar uma doença, as evidências de que emoções positivas e satisfação com a vida contribuem para uma melhor saúde e longevidade são mais fortes que os dados que relacionam a obesidade à longevidade reduzida, disse Diener. Ainda segundo Diener, a felicidade não é nenhuma solução mágica, mas a evidência é clara e convincente e muda suas chances de contrair doenças ou morrer jovem. Embora existam alguns estudos que encontram efeitos opostos, a esmagadora maioria dos estudos suporta a conclusão de que a felicidade está associada à saúde e à longevidade.
Segundo o autor, as recomendações atuais em relação à saúde focam quatro pontos: evitar a obesidade, comer corretamente, não fumar, e fazer exercício físico. Talvez seja hora de acrescentar "ser feliz e evitar a raiva crônica e a depressão à lista.

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