A Fifa pediu aos legisladores ingleses que provem as acusações de corrupção que foram feitas contra a entidade, desde que o país perdeu a eleição para a escolha da sede da Copa do Mundo de 2018. Desde então, diversas denúncias de compras de voto, que também envolveriam a escolha do Catar como sede do Mundial em 2022, foram feitas contra o órgão que comanda o futebol mundial.
Nesta terça-feira, através de uma carta publicada no site da Fifa, o secretário-geral Jerome Valcke alertou John Whittingdale, que preside o comitê esportivo do parlamento inglês, afirmando que políticos 'deveriam agir e falar sobre fatos, e não sobre manchetes sem fundamento'.
Valcke criticou Whittingdale por não atualizar o relatório da comissão depois que a ex-jornalista Phaedra Almajid retirou as acusações de suborno realizadas sobre a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. Ela assumiu a autoria das denúncias feitas a jornalistas do The Sunday Times, de Londres, de que membros do Comitê Executivo da Fifa haviam recebido US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,3 mi) para votar no país asiático.
'Uma coisa é a imprensa não estar interessada em histórias que eliminam manchetes anteriores, feitas pelos chamados jornalistas investigativos, mas outra coisa inteiramente diferente é seu comitê negligenciar esta reviravolta', apontou Valcke.
Whittingdale respondeu dizendo que seu comitê publica nas atualizações do relatório apenas as evidências enviadas a ele, enquanto a retratação de Almajid foi feita através de um comunicado à imprensa. O comandante da investigação ainda afirmou que enviará uma resposta oficial a Valcke.
'Publicamos as evidências que nos foram dadas. Não dissemos que era verdade ou mentira, apenas dissemos que precisaria ser devidamente investigada. Parece ser a coisa mais razoável a se fazer. Se não tivéssemos feitos isso, acredito que a denunciante jamais teria feito sua retratação', apontou.
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