O crescimento menor da produção industrial nos primeiros oito meses de 2011 em relação ao mesmo período de 2010 continua se refletindo em pequenos aumentos do número de empregos no setor, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As últimas pesquisas do órgão sobre a produção industrial mostram que o crescimento do setor é "moderado", apesar de o país ter alcançado marca histórica em março, quando a produção da indústria atingiu o maior patamar da série histórica (132,8%), iniciada em 1991.
Na comparação de agosto deste ano com o mesmo mês do ano passado, o número de empregos subiu 0,6%, a 19º alta consecutiva em relação ao mesmo mês do ano passado. Porém, ante o mês anterior, o aumento é menor em agosto: 0,4% (o primeiro, depois de duas taxas negativas).
Entre dezembro de 2010 e agosto de 2011, os dados do IBGE também mostram que a indústria cresceu 0,8%, acumulando alta de 2,3% no ano. No entanto, entre março e agosto de 2011, o indicador tem oscilado, ficando negativo por três meses e positivo por dois, na comparação mês a mês.
"Em função desse crescimento do moderado, o emprego na indústria não está tendo folego para continuar a expansão. Isso se reflete nos dados positivos, mas pouco intensos", assinalou o economista da Coordenação de Indústria do IBGE, Fernando Abritta.
Entre janeiro e agosto, houve aumento de 1,6% dos empregos e nos últimos 12 meses encerrados em agosto, o acréscimo foi de 2,3%. Segundo o economista, o dado mostra uma clara redução de intensidade na comparação com o começo do ano, quando a taxa anualizada era 3,9%, em fevereiro.
Segundo o especialista, uma série de fatores apontam para a diminuição do ritmo de crescimento da indústria, que reflete, entre outros, a crise financeira na Europa e os consecutivos reajustes da taxa básica de juro Selic pelo Banco Central, entre abril de 2010 e julho deste ano.
Fonte: Agencia Brasil
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