quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Em segundo levantamento, Conab mantém estimativa de produção da safra 2011/2012

A produção brasileira de grãos na safra 2011/2012 deve ficar entre 157,2 milhões e 160,5 milhões de toneladas, de acordo com a segunda pesquisa da intenção de plantio feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os números, entre 3,5% e 1,5% menores que os da safra passada, são semelhantes aos do primeiro levantamento, divulgado há um mês, mas podem melhorar, segundo a Conab, dependendo principalmente das condições climáticas durante o ciclo.
A área plantada, segundo a estimativa, deve crescer entre 1,1% e 3%, situando-se entre 50,48 milhões e 51,4 milhões de hectares. Na safra 2010/2011 foram cultivados 49,9 milhões de hectares. Segundo a Conab, o milho e a soja são as culturas que mais devem influenciar esses números, com aumento de área que pode chegar a 10% e 3%, respectivamente.
No estado de Goiás, a intenção de plantio indica um aumento de 31% na área plantada com milho. Em Mato Grosso do Sul, o incremento pode chegar a 28% e, no Rio Grande do Sul, a 13%. A explicação para esse crescimento, de acordo com a estatal, são os bons preços do produto no mercado, a rotação de culturas e a reconquista da área cultivada anteriormente.
A área de soja deve ter seu principal crescimento em Mato Grosso, aproximadamente 5%, que representam 330 mil hectares a mais plantados com a leguminosa. Em percentual, o destaque é a região conhecida como nova fronteira agrícola brasileira e chamada de Matopiba, por contar com uma área que ocupa parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e da Bahia. Neles, a área plantada de soja deve crescer entre 6% e 9,5%.
Algumas culturas, no entanto, como arroz e feijão primeira safra, devem ter redução em suas áreas cultivadas. O arroz pode perder entre 2,3% e 5,2% em relação ao espaço plantado na safra passada, e o feijão primeira safra, entre 5% e 9%. A pesquisa da Conab foi feita entre os dias 17 e 22 de outubro por 60 técnicos da companhia, com visitas a órgãos públicos e privados envolvidos na cadeia agrícola em todos os estados produtores.

Agência Brasil

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