O dia 14 de novembro é marcado pela luta contra o diabetes. Essa doença não discrimina homens, mulheres, jovens ou adultos. A data é celebrada desde 1991, mas foi apenas em 2007 que a ONU resolveu fixar a data como Dia Mundial do Diabetes. A escolha se deve a data do nascimento do cientista Frederick Banting, que junto com Charles Best descobriu a insulina, em 1922. A doença é causada pela falta ou mau funcionamento da insulina no organismo. Ela e necessária para fazer com que a glicose entre na célula. Sem ela, o corpo fica sem energia. Com a doença, há um excesso de glicose no sangue, que pode causar danos nos tecidos. A diabetes tem dois tipos: o tipo 1, que é causado pela destruição das células produtoras de insulina, e o tipo 2, que resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina. Em 90% dos pacientes com diabetes, o tipo 2 é o mais incidente.
A Organização Mundial da Saúde estima que mais de 300 milhões de pessoas tenham diabetes no planeta. A doença mata uma pessoa a cada oito segundos e leva a amputação de três pacientes por minuto. No Brasil, são cerca de 10 milhões de pessoas portadoras.
População desconhece o diabetes, diz estudo
No Dia Mundial do Diabetes, lembrado nesta segunda-feira, o foco da campanha global, pelo terceiro ano seguido, é orientar a população para prevenir a doença. Um levantamento realizado pela SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), com apoio da Bayer HealthCare, e participação de mais de 2.000 pessoas, aponta que a população ainda tem dúvidas sobre o que é o diabetes e como a doença pode ser controlada.
A pesquisa mostra que 85% dos entrevistados desconhecem ou subestimam o número de diabéticos no Brasil, sendo que 61% dos participantes acredita que existem cerca de 2 milhões de pessoas com diabetes no País.
De acordo com o endocrinologista e vice-presidente da SBD, Walter Minicucci, é fundamental que as pessoas sejam mais informadas sobre como prevenir e tratar o diabetes, mas, de acordo com o doutor, muitos têm contato com a doença, porém não sabem diferenciar os tipos ou como tratá-la.
Segundo dados da pesquisa, 38% dos entrevistados acreditam que o diabetes tem cura e menos da metade dos entrevistados, 49%, soube defini-la. E ,apenas 50% dos participantes afirmaram que um diabético pode levar uma vida normal.
O doutor alerta que caso o diabetes não for controlado adequadamente, pode acarretar complicações graves como retinopatia diabética – que pode causar perda visual definitiva –, catarata precoce, alteração da função renal que pode levar o paciente para a hemodiálise, alterações neurológicas que podem ocasionar dores em membros inferiores e atrofias musculares e complicações cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral). “Mas também é preciso lembrar que nada disto ocorrerá se o tratamento for efetivo e contínuo”, reforça o especialista.
O levantamento ainda aponta que 69% dos participantes demonstraram conhecimento sobre os fatores de risco do diabetes. Já 63% das pessoas disseram que conhecem alguém com a doença e, entre os que conhecem um diabético. Além disso, 49% disseram que a pessoa que tem a doença é membro de sua família; 51% dos entrevistados não sabiam diferenciar os tipos da doença (tipo 1, tipo 2 e diabetes gestacional).
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