quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Crise breca crescimento da economia

Cada vez mais dependente da administração pública e do petróleo, e tendo a indústria e o agronegócio como coadjuvantes, a economia do Rio Grande do Norte teve desaceleração em 2009, ano posterior à crise global provocada pelo mercado imobiliário dos Estados Unidos. Em 2009, o crescimento nominal foi de 9,5%, ante 11,1% no ano anterior. Em termo real, o crescimento foi de 1,5%, superior à taxa nacional de (-0,3%). Na série 2002 a 2009, o RN apresentou o pior desempenho do Nordeste, quando analisada a evolução do volume acumulado. O aumento foi de 24,6%, enquanto a média regional foi de 32,8%, com picos de 46,4% no Piauí e de 43,4% no Maranhão. Os números são de um levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema/RN). Eles apontam uma concentração cada vez maior em torno de cinco municípios e indicam que as riquezas geradas nos municípios, na maioria das vezes, não beneficia a população.

Guamaré é um caso típico. O município de pouco mais de 12 mil habitantes tem o quarto maior Produto Interno Bruto estadual e  o maior PIB per capita do RN, mas apenas 47,9% da população estão acima da linha de pobreza.

De acordo com o IBGE, Natal, Mossoró, Parnamirim, Guamaré e São Gonçalo do Amarante concentram 61,6% do PIB potiguar. Em 2006 eram 58,38%. "Temos de estimular o empreendedorismo, é preciso encontrar alternativas para não ficar na dependência da administração e do petróleo",  sugere o supervisor de Disseminação de Informações do IBGE/RN, Ivanilton Passos de Oliveira.

A região Agreste tem um grande potencial de crescimento e geração de riquezas, mas ela só contribui com 6,95% na formação do PIB. Na região Central, mais vulnerável a secas, essa participação sobe para 12,45%; no Oeste 23,21% e na mesorregião Leste, que inclui a Grande Natal, 57,39%. Nas microrregiões, a liderança absoluta é de Natal, com 44,68% de participação no PIB, seguida por Mossoró (12,83%) e Macaíba 7,96%.

Fonte: TN

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