O Brasil já tem sua tradicional posição de maior exportador de etanol do mundo seriamente ameaçada. O País foi superado no final do primeiro semestre pelos Estados Unidos em vendas e analistas já apontam que a produção americana está cada vez mais competitiva e pronta para disputar o mercado internacional com o Brasil. O dólar desvalorizado e amplos investimentos começam a dar resultado nos EUA. Os cenários para os próximos anos serão debatidos a partir de hoje no Congresso Mundial do Etanol, maior evento da indústria e que reunirá em Genebra alguns dos principais atores do setor. No Brasil, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) já deu sinais de que poderá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para garantir a exportação de etanol para os Estados Unidos e Europa. O temor é de que regras para importação de biocombustíveis nesses países possam afetar a competitividade do etanol brasileiro. A estimativa dos organizadores do evento é de que a produção de etanol cresça até 12% em 2010, depois de dois anos de crise profunda. Em fevereiro, os americanos deram os primeiros sinais de que poderiam se tornar líder no setor. Naquele mês, exportaram 151 milhões de litros do combustível, segundo dados da consultoria F.O. Licht’s. No mesmo mês, as vendas brasileiras ao exterior haviam caído para 120 milhões de litros.
Custo baixo
O custo de produção, segundo a consultoria, é também um dos mais baixos, depois de safra recorde de milho em 2007 e 2008. Há dois anos, o custo apenas com o milho para produzir um galão (3,78 litros) de etanol nos EUA era de US$ 1,29. De janeiro a maio, esse custo caiu para apenas US$ 0,87 por galão. O custo total de produção para um galão de etanol caiu de mais de US$ 2,00 em 2008 para apenas US$ 1,30 neste ano. O resultado foi uma maior competitividade nas exportações fONTE:AGORABONITO
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