O Rio Grande do Norte fechou o quadrimestre com quase 2,4 mil empregos a menos, de acordo com os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados ontem. Este é o quinto pior desempenho do estado em oito anos, quando o MTE começou a disponibilizar a série histórica. De acordo com o economista Janduir Oliveira da Nóbrega, vice-presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), a transição de governo (na esfera federal) pode ter desaquecido o mercado, levando alguns setores a puxarem o freio de mão diante das incertezas.
Essa não teria sido, porém, a única razão da desaceleração. Nóbrega observa que as indústrias demitem os temporários nos primeiros meses do ano e voltam a contratá-los no segundo semestre, reaquecendo o setor. Ele também citou a influência das chuvas na produção agrícola. Para os próximos meses, ele prevê um período de ‘ajustes’. “É como se o País precisasse colocar o trem no trilho novamente”, compara.
No RN, a Indústria de Transformação e Agropecuária puxaram os índices para baixo a exemplo do que ocorreu no primeiro quadrimestre de 2010. Para o economista Aldemir Freire, chefe geral do IBGE no RN, o primeiro semestre, geralmente, fecha com saldo negativo. “Uma série de fatores sazonais contribui para este desempenho. A indústria, por exemplo, demite os empregados temporários neste período, e a agropecuária vive a fase de entressafra”, esclarece.
A Indústria Têxtil e de Vestuário foi um dos subsetores que mais demitiram. No primeiro quadrimestre de 2010, o setor contratou 3,2 mil funcionários e demitiu cerca de 1,7 mil, conseguindo fechar com saldo positivo. Em 2011, porém, contratou 2,2 mil e demitiu 3,1 mil, fechando o quadrimestre com 911 empregos a menos.
Há oito meses, o setor sofre com a alta no preço do fio de algodão, que provocou o fechamento de aproximadamente 80 tecelagens e a demissão de mais de 2 mil pessoas só em Jardim de Piranhas, município cuja economia está baseada na Indústria Têxtil. Embora trate de um problema nacional, a alta afeta principalmente as pequenas tecelagens. Embora tenha fechado com saldo positivo, a Construção Civil também contratou menos neste quadrimestre.
Em contrapartida, o segmento de Comércio e Serviços foi o que mais contratou. No primeiro quadrimestre de 2011, o segmento abriu 3.557 novos postos de trabalho com carteira assinada. Segundo a Fecomercio, entidade que representa o setor, o número foi fundamental para atenuar o mau desempenho do estado.
Desempenho em abril é o terceiro pior em oito anos
O desempenho do RN em abril de 2011 foi o terceiro pior em oito anos, segundo dados do Caged. Os números registrados em abril também fizeram do Rio Grande do Norte o estado com o quarto pior desempenho do Nordeste. Com um saldo de 371 empregos em abril, ficou na frente apenas de Sergipe, Pernambuco e Alagoas, estados que, ao contrário do RN, fecharam o mês com saldo negativo.
No RN, Parnamirim liderou o ranking de municípios com maior saldo de empregos gerados em abril. No município, foram gerados 409 postos. Em Natal, segundo colocado, 312. Os setores com menores saldos foram Agropecuária, Indústria de Transformação e Serviços Industriais de Utilidade Pública. Já os com maiores saldos, foram Serviços,Construção Civil e Comércio.
Com o número de abril, o setor de Comércio e Serviços já responde por 43,6% de todos os postos formais existentes no RN, segundo levantamento da Fecomércio RN. No desempenho específico do mês de abril, o setor emplacou um saldo positivo de 965 vagas no balanço entre admissões e demissões. Foram 50 vagas a mais no Comércio e 915 a mais no setor de Serviços.
Essa não teria sido, porém, a única razão da desaceleração. Nóbrega observa que as indústrias demitem os temporários nos primeiros meses do ano e voltam a contratá-los no segundo semestre, reaquecendo o setor. Ele também citou a influência das chuvas na produção agrícola. Para os próximos meses, ele prevê um período de ‘ajustes’. “É como se o País precisasse colocar o trem no trilho novamente”, compara.
No RN, a Indústria de Transformação e Agropecuária puxaram os índices para baixo a exemplo do que ocorreu no primeiro quadrimestre de 2010. Para o economista Aldemir Freire, chefe geral do IBGE no RN, o primeiro semestre, geralmente, fecha com saldo negativo. “Uma série de fatores sazonais contribui para este desempenho. A indústria, por exemplo, demite os empregados temporários neste período, e a agropecuária vive a fase de entressafra”, esclarece.
A Indústria Têxtil e de Vestuário foi um dos subsetores que mais demitiram. No primeiro quadrimestre de 2010, o setor contratou 3,2 mil funcionários e demitiu cerca de 1,7 mil, conseguindo fechar com saldo positivo. Em 2011, porém, contratou 2,2 mil e demitiu 3,1 mil, fechando o quadrimestre com 911 empregos a menos.
Há oito meses, o setor sofre com a alta no preço do fio de algodão, que provocou o fechamento de aproximadamente 80 tecelagens e a demissão de mais de 2 mil pessoas só em Jardim de Piranhas, município cuja economia está baseada na Indústria Têxtil. Embora trate de um problema nacional, a alta afeta principalmente as pequenas tecelagens. Embora tenha fechado com saldo positivo, a Construção Civil também contratou menos neste quadrimestre.
Em contrapartida, o segmento de Comércio e Serviços foi o que mais contratou. No primeiro quadrimestre de 2011, o segmento abriu 3.557 novos postos de trabalho com carteira assinada. Segundo a Fecomercio, entidade que representa o setor, o número foi fundamental para atenuar o mau desempenho do estado.
Desempenho em abril é o terceiro pior em oito anos
O desempenho do RN em abril de 2011 foi o terceiro pior em oito anos, segundo dados do Caged. Os números registrados em abril também fizeram do Rio Grande do Norte o estado com o quarto pior desempenho do Nordeste. Com um saldo de 371 empregos em abril, ficou na frente apenas de Sergipe, Pernambuco e Alagoas, estados que, ao contrário do RN, fecharam o mês com saldo negativo.
No RN, Parnamirim liderou o ranking de municípios com maior saldo de empregos gerados em abril. No município, foram gerados 409 postos. Em Natal, segundo colocado, 312. Os setores com menores saldos foram Agropecuária, Indústria de Transformação e Serviços Industriais de Utilidade Pública. Já os com maiores saldos, foram Serviços,Construção Civil e Comércio.
Com o número de abril, o setor de Comércio e Serviços já responde por 43,6% de todos os postos formais existentes no RN, segundo levantamento da Fecomércio RN. No desempenho específico do mês de abril, o setor emplacou um saldo positivo de 965 vagas no balanço entre admissões e demissões. Foram 50 vagas a mais no Comércio e 915 a mais no setor de Serviços.
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