segunda-feira, 18 de julho de 2011

Economia - Qualidade de crédito do consumidor volta a apresentar queda, revela Serasa

Depois da elevação verificada no trimestre anterior, a qualidade de crédito do consumidor voltou a apresentar retração no segundo trimestre de 2011. O Indicador Serasa Experian da Qualidade de Crédito do Consumidor situou-se em 80,1 pontos no 2º trimestre de 2011 retornando ao patamar verificado também no 2º trimestre de 2009. 
Este indicador avalia, numa escala de 0 a 100, a qualidade de crédito do consumidor – quanto maior, melhor a qualidade de crédito e, portanto, menor é a probabilidade de inadimplência, caso este consumidor venha a requerer crédito.
A ligeira queda observada na qualidade de crédito do consumidor no segundo trimestre é reflexo do impacto da alta da inflação e dos juros sobre o orçamento das famílias, cujo endividamento ainda encontra em trajetória de expansão, embora num ritmo mais moderado do que o observado entre a segunda metade de 2009 e ao longo de todo o ano de 2010.
 É importante ressaltar que, em função das medidas fiscais e monetárias já adotadas, a inflação já se encontra em patamar menos elevado e, paralelamente a isto, importantes categorias profissionais deverão ter seus salários reajustados acima da inflação neste segundo semestre por ocasião dos dissídios coletivos. 
Assim, a pequena redução da qualidade de crédito do consumidor ocorrida no segundo trimestre deverá ainda provocar elevações adicionais dos níveis de inadimplemento neste segundo semestre, porém longe de caracterizar uma situação de forte deterioração, conforme sinalizado pelo Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência, divulgado no último dia 12 de julho, salientam os economistas da Serasa Experian.
Análise por Rendimento Pessoal Mensal
Na classificação por rendimento mensal, praticamente todas as classes de renda experimentaram redução em suas qualidades de crédito no 2º trimestre de 2011 com exceção da faixa que contempla renda acima de R$ 10 mil cujo crescimento foi da ordem de 0,1%. 
Historicamente a faixa de rendimento mais baixo continua apresentando níveis menores em termos de qualidade de credito, sobretudo a classe que ganha até R$ 500 por mês é a que possui o menor índice de qualidade de crédito (75,9). No outro extremo, a classe acima de R$ 10 mil registra o melhor indicador 93,9, seguida pela classe de renda de R$ 5 mil a 10 mil (92,3). Ou seja, a qualidade de crédito do consumidor tende a ser positivamente correlacionada com a sua renda.

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