Sessenta e sete por cento das obras licitadas para reforçar o sistema de transmissão de energia elétrica no Rio Grande do Norte estão atrasadas. Das nove em andamento no estado, seis estão fora do prazo. O percentual fica acima do registrado no País, onde 48% das obras descumpriram o cronograma, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O atraso nas obras, segundo Jean Paul Prates, ex-secretário estadual de Energia e diretor-geral do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), prejudica empreendedores, mas não afeta o fornecimento de energia elétrica. "Ainda", acrescenta.
Parque Alegria I: Implantação de linha própria encareceu o projeto
Os atrasos duram, em média, um ano e dois meses. No entanto, segundo reportagem publicada ontem no Valor Econômico, há obras com atraso superior a quatro anos. A maioria, relacionada a dificuldades na liberação de licenciamento ambiental. Em entrevista ao Valor, o presidente da CPFL Renováveis, Miguel Saad, diz que pelo menos dois projetos da empresa estão sendo afetados por atrasos no reforço da rede de transmissão.
No parque eólico Santa Clara, no RN, que tem 188 MW de capacidade, o atraso na implantação de estações coletoras (ICGs) para conectar as usinas ao sistema de transmissão do governo federal adiará o início de sua operação em seis meses. Também em entrevista ao Valor, José Cláudio Cardoso, presidente da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), afirmou que as perdas com o atraso já somam R$1,3 bilhão em todo o País.
Nem todos, porém, estão sentindo os efeitos do atraso na instalação de linhas de transmissão e subestações. A Multiner, controladora da New Options Energy, por exemplo, instalou sua própria linha de transmissão e a conectou a uma subestação localizada próximo aos parques. "Não era uma opção nossa. Nós realmente tínhamos que conectar nosso parque àquela subestação. O projeto ficou mais caro, mas em compensação não dependemos de uma construção que está nas mãos de terceiros", afirma Camille Faria, presidenta da Multiner.
Camille ressalta, porém, que outros empreendimentos estão sendo prejudicados. Isso porque os investidores só recebem quando a energia gerada entra na rede de transmissão. O atraso nas obras retarda a operacionalização dos parques e, consequentemente o pagamento às empresas. "Quem está produzindo só vai poder despachar quando a linha estiver pronta. Isso atrasa o fluxo de caixa", acrescenta Prates.
Camille relembra ainda que o governo federal ampliou o prazo para operacionalização das usinas geradoras de energia, entre elas os parques eólicos do RN, como forma de minimizar os impactos. "A Aneel concedeu um prazo maior para que os empreendimentos não sejam tão penalizados". Para evitar que problemas como esse se repitam, Prates propõe que governo do estado e iniciativa privada se unam e elaborem um projeto específico para o RN, capaz de receber energia proveniente não só dos parques eólicos, mas também das usinas de energia solar.
No parque eólico Santa Clara, no RN, que tem 188 MW de capacidade, o atraso na implantação de estações coletoras (ICGs) para conectar as usinas ao sistema de transmissão do governo federal adiará o início de sua operação em seis meses. Também em entrevista ao Valor, José Cláudio Cardoso, presidente da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), afirmou que as perdas com o atraso já somam R$1,3 bilhão em todo o País.
Nem todos, porém, estão sentindo os efeitos do atraso na instalação de linhas de transmissão e subestações. A Multiner, controladora da New Options Energy, por exemplo, instalou sua própria linha de transmissão e a conectou a uma subestação localizada próximo aos parques. "Não era uma opção nossa. Nós realmente tínhamos que conectar nosso parque àquela subestação. O projeto ficou mais caro, mas em compensação não dependemos de uma construção que está nas mãos de terceiros", afirma Camille Faria, presidenta da Multiner.
Camille ressalta, porém, que outros empreendimentos estão sendo prejudicados. Isso porque os investidores só recebem quando a energia gerada entra na rede de transmissão. O atraso nas obras retarda a operacionalização dos parques e, consequentemente o pagamento às empresas. "Quem está produzindo só vai poder despachar quando a linha estiver pronta. Isso atrasa o fluxo de caixa", acrescenta Prates.
Camille relembra ainda que o governo federal ampliou o prazo para operacionalização das usinas geradoras de energia, entre elas os parques eólicos do RN, como forma de minimizar os impactos. "A Aneel concedeu um prazo maior para que os empreendimentos não sejam tão penalizados". Para evitar que problemas como esse se repitam, Prates propõe que governo do estado e iniciativa privada se unam e elaborem um projeto específico para o RN, capaz de receber energia proveniente não só dos parques eólicos, mas também das usinas de energia solar.
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